Vivendo da Luz
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Aqueles em Estado de 'BIGU' não Sentem Fome

praticantes de qigong vivem confortavelmente com 300 calorias por dia ou menos
Vivendo de Luz comparado ao fenômeno de supercondutância da matéria

Por CAROLINE TERENZINI
Centre Daily Times

Penn State Yan Xin Qigong Club

Qualquer pessoa será benvinda ao se filiar ao Penn State Yan Xin Qigong Club e frequentar as sessões:

  • 20 horas, quintas-feiras e domingos, local: 189 Materials Research Lab, Hastings Road, University Park
  • Quartas-feiras no centro comunitário de Eastview Terrace apartamentos universitários, no campus de Penn State, próximo à East College Avenue. Contactar Zhengyu Huang no zxh109@psu.edu.
  • Pela manhã até as 13 horas – quartas-feiras até 6 de dezembro no campus – 212 Eisenhower Chapel. Oferecido através do programa Penn State Wellness Matters a um custo de 25 dólares. Para registro ligar para 865-3085 ou contactar www.orh.psu.edu/webClassic/catalog/healthmatters.cfm

Na rede (web): Sites que oferecem informação sobre qigong, uma Tradicional técnica chinesa para a mente e corpo

  • www.clubs.psu.edu/yanxinqigong/
  • www.healthy.net/qigong/
  • www.qigong.net
  • www.spiritweb.org/spirit/qigong.html
  • Os adultos comem em média 2000 ou mais calorias por dia, mas alguns praticantes de uma técnica de meditação chinesa chamada qigong atingiram um estado que os deixa viver confortavelmente com 300 calorias por dia ou menos. Alguns praticantes referem manter o estado de bigu por anos.

    Yi Fang, um pesquisador do Penn

    State e coordenador de uma conferência realizada em junho no Penn State, que investigou o qigong e o estado de bigu a partir de uma perspectiva científica, comparou o bigu ao fenômeno de supercondutância da matéria.

    "É difícil acreditar" admitiu ele. "A comunidade científica vê isto como uma violação das leis de conservação da energia e outros dizem que isto não é normal."

    Mas aproximadamente 100 dos praticantes de qigong que compareceram à conferência, disse ele, haviam experimentado o estado de bigu, e uma dúzia relatou que não havia ingerido alimento sólido por 5 ou mais anos.

    Estranho como possa parecer, as pessoas que atingem o bigu conseguem manter um peso considerado saudável e seguir suas rotinas diárias sem desconforto ou fadiga, disse Fang, 45 anos, membro do Penn State’s Materials Research Laboratory.

    Praticante há 17 anos, Fang disse que nos últimos sete anos ele vem fazendo, em geral, apenas uma refeição por dia, sem produtos animais. Durante este tempo, ele uma vez atingiu ocasionalmente o estado de bigu que durou várias semanas.

    Durante o bigu, que pode ser traduzido como "vivendo de luz", Fang disse que consegue viver confortavelmente com 300 calorias por dia, em geral com sucos de frutas.

    "Você não sente fome", relatou.

    Na verdade, ele acrescentou, comer alimentos desnecessários consome tempo e energia.

    Enquanto uma pessoa obesa poderia perder peso no estado de bigu, Fang com 1,52m diz permanecer perto dos seus quase 50kg habituais.

    Ele descreveu o bigu como um fenômeno que ocorre naturalmente e produz um estado fisiológico especial no qual a bioquímica do organismo difere daquela da pessoa que está em jejum.

    "Nós não nos forçamos," ele disse. "Se você força, sua fisiologia irá impedi-lo." A glicose no sangue cairá e o indivíduo ficará cansado e com fome, disse.

    Porém, no estado de bigu o praticante se torna "mais e mais eficiente," disse Fang, "como um carro super-eficiente que consegue rodar 400km com 4,5l de gasolina."

    Para ele, a prática do qigong significa menos resfriados e o desaparecimento da sua alergia ao pólen.

    Fang definiu qigong (pronuncia-se tchi-gang) como "uma prática, uma técnica, uma habilidade para desenvolver o seu potencial" e disse que seu propósito básico é "melhorar a saúde e tudo o mais virá."

    "Depois da prática você se sente mais e mais energético, mas sua mente está mais calma," disse.

    Uma antiga prática, o qigong foi revitalizado na China nos anos 80 quando o governo relaxou as restrições a tais práticas. Ele calcula que atualmente em torno de 10% de 1,2 bilhão de chineses seguem a técnica, que também é popular no Japão e na Coréia.

    Fang pratica em grupo duas vezes por semana no Materials Research Laboratory e nos outros dias pratica o qigong sozinho por uma hora.

    ‘Sem expectativas’

    Para a prática de qigong senta-se numa cadeira com os pés pousados no chão, as mãos com as palmas voltadas para cima na frente do abdomen. Sentado em quietude respira-se profundamente enquanto se ouve uma fita que estimula visualização. O qigong não exige posturas difíceis.

    "Eu fiquei imediatamente fascinada," disse Laurie Schoonhoven da State College, que experimentou várias técnicas de meditação antes de se tornar uma praticante de qigong no ano passado. "Teve um efeito profundo na minha vida. Trouxe-me um núcleo mais profundo de calma e equilíbrio que eu nunca tive antes."

    Atualmente ela pratica por 15 a 20 minutos por dia, mentalmente executando as etapas.

    "É como uma dieta, um exercício," ela disse. "Se você faz uma vez por semana não haverá qualquer efeito. Você precisa fazê-lo diariamente."

    Atingir o estado de bigu costumava ser uma meta, disse Schoonhoven, "mas agora se isto acontecer, aconteceu."

    Qigong não estimula "expectativas," ela acrescenta.

    Yu Wen, 32 anos, que está escrevendo sua tese de doutorado em biologia no Penn State, vem praticando o qigong por cinco anos e durante esse tempo experimentou bigu por três vezes, durando cada vez uma a duas semanas.

    "Foi muito bonito," ela disse. "é muito especial."

    Durante sua experiência de bigu, falou Wen, que hoje vive em New Jersey, ela tomou apenas suco de fruta ou água.

    "Não senti nada de diferente no estômago," ela assinalou. "Nâo me sentia vazia. Tinha bastante energia."

    "Não posso explicar," ela acrescentou, "mas vem e vai naturalmente."

    Rustum Roy, diretor fundador do Materials Research Laboratory e presidente da June conference, uniu-se ao Dr. Andrew Weil, diretor de um programa de medicina integrativa da Universidade do Arizona, Tucson, para constituir uma organização para avaliar uma série de terapias, inclusive o qigong.

    O objetivo da Friends of Health, sediada em Washington, D.C., não é validar qualquer prática, mas "dizer – olhe –", Roy falou, acrescentando: "Uma grande parte da ciência ainda não foi checada. Se algo de falso existir lá, isto vai aparecer."

    Alguns estudos científicos encontraram benefícios para a saúde com a restrição calórica.

    Na Universidade de Wisconsin, experimentos com camundongos mostraram que os roedores que comeram menos, viveram mais, e no Instituto de Tecnoologia de Massachusetts, estudos sobre o metabolismo da levedura, que é semelhante ao metabolismo animal, verificaram que as leveduras numa dieta pobre em calorias viveram por mais tempo.

    Num estudo a longo prazo no National Institute of Aging, pesquisadores verificaram que os macacos rhesus alimentados com 30% a menos de calorias que uma dieta normal desenvolveram padrões metabólicos indicativos de que os animais seriam mais resistentes ao diabetes e à doença cardíaca.

    Pesquisadores previnem que qualquer dieta deste tipo requer cuidadosa atenção para os nutrientes necessários.

    Caroline Terenzini pode ser encontrada no 237-7249 ou cterenzi@centredaily.com